13/22 JOHN LENNON - A VIDA - Philip Norman (2009) (837 págs)
Quando foi publicada, essa formidável biografia de John Lennon, escrita pelo jornalista inglês Philip Norman, chamou mais a atenção pelas suas passagens polêmicas e provocativas, como o episódio em que o menino Lennon teve pensamentos libidinosos com a mãe, Julia, após tocar seu seio acidentalmente, ou o caso que o beatle teria tido com o empresário Brian Epstein.
Também não ajudou muito o fato de Norman ter despertado a ira de McCartney (e dos fãs) ao falar mal de Paul, chamando-o, por exemplo, de manipulador na biografia da banda, Shout: The Beatles in Their Generation, escrita por ele em 1981.
Assim John Lennon - A Vida, chegou já cercado de alguma controvérsia. O fato é que o livro, de proporções enciclopédicas, é um profundo mergulho na vida de um homem genial, polêmico e surpreendente. Através de um texto primoroso, vamos aprendendo como os traumas da infância, o relacionamento com a família, os amigos, a escola e a música vão acrescentando nuances e marcas indeléveis na personalidade e genialidade do homem que o mundo inteiro aprenderia a amar poucos anos depois.
Acima de tudo, o Lennon desnudado por Philip Norman é humano, cheio de defeitos, como qualquer um de nós, mas brilhante e talentoso ao extremo. Ingênuo, corajoso, irrequieto, contestador, rebelde, Lennon foi tudo isso e muito mais, à medida em que as pessoas vêm e vão em sua vida, como a mãe Julia, o pai Fred, o amigo Stu Sutcliffe, os Beatles, Brian Epstein...O grande amor da vida de John, Yoko Ono, no entanto, vem e fica até o último dia de vida do músico (à exceção do famoso "Lost Weekend"). Ao lado de Yoko, Lennon se reinventa, se descobre e sente que começa a viver de verdade.
O fabuloso volume de quase mil páginas escrito por Norman examina cada um dos episódios marcantes da vida do biografado, estando à altura do gênio de Lennon. E é, sem dúvidas, referência quando se quer saber ou estudar a vida de um dos artistas mais brilhantes que já existiu.
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