Escrever um texto bem detalhado ou simples sobre os Beatles não é uma tarefa fácil. Fiquei preso entre uma crônica detalhista, ou um esboço de um cara que reconhece o valor musical (e mundial) daqueles quatro rapazes de Liverpool.
O primeiro contato foi de admiração primeiramente pela canção Obla-Di-Obla-Da num comercial da extinta Rádio Excelsior (A Máquina do Som). Eu curtia aquela canção simples porém contagiante. Depois houve a famosa onda do "iê-iê-iê" que nada mais era do que o Yeah, Yeah, Yeah....Foi aí que eu soube que aquela canção era dos Beatles. A jovem Guarda foi um movimento que abusou das versões deles, destaque primeiramente para o Ronnie Von (Meu Bem), versão de My Girl.
Com o passar dos anos, canções como “With a Little Help from my Friends” (na versão soul de Joe Cocker) e “Lucy in the Sky with Diamonds” (na versão de Elton John na qual o psicodelismo se manteve apenas nas letras), foram me atraindo cada vez mais.

Porém, confesso que fui um tolo ao pensar assim... Quando George Harrison compôs “While My Guitar gently Weeps” e “Something”, esse pensamento distorcido cedeu lugar à lucidez!
À princípio eu nunca havia aceitado o fato deles terem revolucionado algo, mas à medida em que fui amadurecendo, pude constatar não só o valor musical, mas na mudança de comportamento (cabelos e roupas). Cara, dezenas de bandas copiaram aquele corte de cabelo e modelo de ternos (fossem elas inglesas ou não).
A obra dos Beatles me acrescentou um gosto musical mais agudo com relação às bandas que surgiram depois dela. Posso afirmar que hoje posso cantar algumas canções do Beatles sem o menor temor de estar "indo na onda" (no embalo). Na real, as músicas dos Beatles me fazem caminhar por um longo caminho tortuoso da vida cuja reta final é o Rock and Roll...
Ontem, o Sr. Carteiro entregou-me uma carta da minha amada Eleanor, pedindo-me para voltar o mais rápido possível (livre como um pássaro). Como eu não poderia sair meramente desse texto sem antes mencionar as emblemáticas “Come Together” e “Love me Do”, despeço-me agora, pois tenho que pegar o próximo trem para Londres. Aliás, onde deixei meu bilhete de viagem?
Carlos Roberto de Souza é escritor, autor da Revista do Cinema Machadense, editor do fanzine Episódio Cultural e responsável pelo canal Machado TV no YouTube, e claro: beatlemaníaco!
Olá amigos, muito obrigado por terem publicado o meu pequeno texto. Abbey Road ainda soa em nossos ouvidos!
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